A médica pediatra Elaine
Munhoz, 56, sofria de depressão e matou o filho, Giuliano Landini, 26, e
namorada dele, Mariana Marques Rodella (AMBOS NA FOTO), 26, e depois se
matou, nesta sexta-feira (7), em um condomínio de alto padrão em City
Lapa, na zona oeste de São Paulo.
Os
corpos foram achados pela Polícia Militar às 9h, depois que vizinhos
ouviram tiros vindos de dentro do imóvel. Giuliano e Mariana eram
estudantes de medicina.
"Não
dá para saber se o crime foi premeditado. Ela [Elaine] estava com uma
certa depressão. Talvez esse seja o motivo que desencadeou esse
comportamento", disse o delegado responsável pela investigação.
De
acordo com a polícia, a médica passava por um tratamento psicológico e
havia passado por quatro sessões de terapia. A polícia informou ainda
que a arma, um revólver da marca Taurus calibre 38, não era registrada.
O
marido de Elaine, identificado apenas como Alexandre, que também é
médico, disse à polícia que não sabia a procedência do armamento.
Segundo a polícia, Giuliano foi atingido por três tiros, Mariana por dois e Elaine com um, na boca.
A
polícia informou ainda que a médica estaria descontente com um suposto
mau desempenho do filho na faculdade de medicina. "Ela deprimida por
conta da mudança de comportamento do filho. Ele não queria ir às aulas,
mas sempre quis ser médico", disse Cohen.
De
acordo com o delegado, pela dinâmica do que viu no apartamento, Mariana
foi morta primeiro, depois o filho da médica foi assassinado e por fim a
médica se matou. Foram feitos, segundo o delegado, sete ou oito
disparos.
Vizinhos e amigos
Carolina
Dias, 34, uma ex-vizinha, afirmou que morou no apartamento de cima ao
da família --o crime foi no segundo andar-- por três anos, até dezembro
do ano passado.
Ela
disse que nunca presenciou nenhuma briga. "Ele [Giuliano] era um menino
exemplar. Sempre [passeando] com o cachorrinho, com a namorada.
Supersimpático, supersolícito."
O
jovem fazia residência, segundo outras testemunhas que estavam no
local. "Nunca vi nenhuma briga. Era uma família exemplar". "Estou muito
surpresa. Se realmente houve alguma coisa foi um acidente", disse
Carolina.
Uma
outra mulher, que se identificou como Marilene Godoy, 50, e que estava
na frente do prédio onde houve o crime atrás de informações, disse que
conhecia a médica "há 30 anos", e que ela foi pediatra dos seus filhos.
"Era uma pessoa coerente, sensata e calma. Estou abismada", disse.
De
acordo com o clínico-geral Rafael Criscuolo, que disse trabalhar com a
médica Elaine há 9 anos em uma unidade de saúde pública em Pinheiros,
afirmou que Elaine era uma mulher "alegre, competente". "Ela estava um
pouco triste antes do Carnaval", disse.
Vizinhos relataram que a mãe brigava constantemente com o filho por não querer que ele se casasse.
O
pai não estava no apartamento no momento do crime, segundo a polícia
--ele havia saído para trabalhar. De acordo com testemunhas, antes dos
tiros foram ouvidos gritos de um homem dizendo "não".
Os corpos foram retirados do apartamento por volta das 16h30.
com liberdade96fm
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