Cerca de 30% dos açudes da
Paraíba estão em situação crítica, com menos de 5% do seu volume, e 18
estão em colapso segundo dados da Agência Executiva de Gestão das Águas
(Aesa) neste domingo (9).
São 37 reservatórios apontados com nível mínimo, de um total de 121 mananciais monitorados pelo órgão no estado.
Estão
em colapso os açudes de Campos, em Caraúbas; Bom Jesus, em
Carrapateira; da Glória, em Juru; Serrote, no município de Monteiro;
Caraibeiras, em Picuí; São José IV, em São José do Sabugi; São José
III, em São José dos Cordeiros; Chupadouro I, em São João do Rio do
Peixe; Bastiana, Sabonete e São Francisco II, em Teixeira; e os açudes
Emas, Ouro Velho, Prata II, Santa Luzia, São Mamede, Taperoá II, Várzea,
nas cidades de mesmo nome.
Dentre
os principais açudes da Paraíba, apenas o de Acauã (Argemiro de
Figueiredo), em Itatuba, com 30% do volume máximo, e Epitácio Pessoa, em
Boqueirão, com 33,5%, estão com nível acima do estado de observação. No
Sertão paraibano, estão com baixo volume os açudes de São Gonçalo
(16,4%), em Sousa, e Engenheiro Ávidos (11,4%), em Cajazeiras.
Completam a lista os açudes Capoeira (12,3%), em Santa Teresinha, e
Lagoa do Arroz (13,4%), também em Cajazeiras.
O
presidente da Aesa, João Vicente Machado, disse estar esperançoso em
relação à recarga dos principais mananciais paraibanos. "Acreditamos que
este período chuvoso vai ser bem melhor do que os dos anos de 2012 e
2013, quando tivemos chuvas abaixo da média. É possível que não possamos
recompor toda a carga dos reservatórios, mas pelo menos parte
significativa destes volumes", disse.
Apesar
das chuvas recentes durante a semana, atingindo pelo menos 70 cidades
paraibanas, apenas dois açudes estão sangrando. São os açudes Olho
D'Água, no município de Mari, e açude Araçagi, na cidade de mesmo nome.
Há outros 30 reservatórios sob observação, com volume abaixo de 20% do
total, e 54 mananciais com capacidade armazenada superior a 20%.
De
acordo com os meteorologistas da Agência Executiva de Gestão das Águas
(Aesa), o período chuvoso deve chegar ao Sertão e Alto Sertão paraibano
durante os meses de março e abril. Além disso, os modelos meteorológicos
analisados pelos especialistas indicam chuvas dentro da média
histórica.
Segundo
a meteorologista Carmem Becker, apesar dos índices ficarem dentro da
normalidade neste período, as chuvas devem ocorrer de forma irregular.
"Os prognósticos para o Sertão e Alto Sertão do Estado apontam para a
ocorrência de chuvas isoladas e distribuídas de forma desigual. Então, é
natural que sejam registradas ocorrências mais fortes em uma cidade e
apenas uma garoa nos municípios vizinhos", explicou.
com g1
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