Segundo pesquisa divulgada pelo Instituto, quase a metade dos municípios brasileiros não fazem gestão de riscos e desastres.
As enchentes atingiram entre 2008 e 2012, 45 municípios paraibanos, deixaram 21273 pessoas desabrigadas ou desalojadas, causaram prejuízos em 6370 edificações e provocaram a morte de dez pessoas. Os dados fazem parte da Pesquisa de Informações Básicas Municipais (Munic) 2013, que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgando nesta quarta-feira (30).
No Brasil, no mesmo período, as enchentes atingiram 1.543 municípios, o equivalente a 27,7% das cidades do país, o que resultou em registros de 8.942 ocorrências, que deixaram 1,4 milhão de pessoas desabrigadas ou desalojadas (que tiveram que deixar temporariamente as suas casas).
A pesquisa traz os principais dados relativos à gestão e à estrutura dos municípios brasileiros a partir da coleta de informações sobre sete temas: perfil dos gestores municipais, recursos humanos, legislação e instrumentos de planejamento, saúde, meio ambiente, política de gênero e gestão de risco, e resposta a desastres.
Sobre a questão das enchentes, a publicação constatou que as enxurradas atingiram1.574 cidades (28,2% do total); e somaram 13.244 casos, resultando em 777,5 mil desabrigados ou desalojados; enquanto os alagamentos atingiram 2.065 municípios 37,1%, que resultaram em processos erosivos em 1.113, cidades (20% do total), com os escorregamentos e deslizamentos tendo atingido 16% dos município: 895.
Esta é a primeira vez que a Munic investiga questões específicas sobre planejamento urbano voltados para a preservação, redução e gestão de riscos e desastres. Segundo o IBGE, no entanto, quase a metade dos municípios brasileiros não fazem gestão de riscos e desastres.
Os dados levantados indicam que, em 2013, 51,9% (2.892 municípios) possuíam pelo menos um dos 12 instrumentos de planejamento urbano pesquisados, o que significa que 2.676 municípios (48%) não realizavam nenhuma ação de gestão de risco e desastres.
A pesquisa mostrou, ainda, que 33% das cidades tinha pelo menos um dos sete instrumentos de planejamento pesquisados, sendo que o mesmo percentual deles tinham pelo menos um instrumento de gerenciamento de desastres decorrentes de enchentes e enxurradas e 21,1% tinham pelo menos um instrumento relacionamento a escorregamento ou deslizamento.
Com Agência do Brasil
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