O ex-governador de Pernambuco e pré-candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos, disse em entrevista à rádio Itatiaia, de Minas Gerais, que está tranquilo com relação ao seu desempenho nas pesquisas eleitorais.
Campos foi a Belo Horizonte, reduto de seu adversário na eleição, o senador Aécio Neves (PSDB), para participar nesta segunda-feira (5) de debate com empresários e receber título de cidadão honorário da cidade. Na parte da tarde, ele cumpre agenda em Contagem (MG).
Campos aparece nas pesquisas eleitorais atrás da presidente Dilma Rousseff e de Aécio Neves. No entanto, o pré-candidato do PSB aposta que sua candidatura deve crescer após a Copa, quando, segundo ele, as pessoas começam a se envolver mais com as eleições. Campos aposta no fato de ainda não ser conhecido por parcela do eleitorado e que, por isso, tem espaço para conquistar.
"Estou completamente tranquilo, porque as pesquisas a esta altura em 2010 davam [José] Serra presidente. Sobretudo depois da Copa, quando a eleição entrar mais na pauta do cidadão e as pessaos conhecerem a maior reeleição que Pernambuco teve, com 80%. Não tenho a menor dúvida de que iremos para o segundo turno e vamos ganhar as eleições", afirmou.
Campos também avaliou que sua candidatura pode crescer na medida em que o eleitorada se cansar do que ele chamou de "polarização" entre PT e PSDB, que governam o país e disputam a presidência há 20 anos.
"Temos 25% da população que nos conhece e temos 14% de intenção de voto. Na medida em que a população vai cansando dessa polarização que já governa o Brasil há mais de 20 anos, em que um faz e outro desmancha [...] todos vão se sentir estimulados a ajudar o país a crescer, a melhorar a segurança, a distribuir renda.
Economia
Na entrevista, o pré-candidato voltou a criticar a condução da economia no país, principalmente no que diz respeito à inflação. Ele disse que o cenário econômico no Brasil é o "pior", com inflação e juros em alta e baixo crescimento.
"Toda dona de casa, todas pessoas que fazem compras para dentro de casa sabem que a economia do país vem piorando. A gente percebe isso porque vê que o dinheiro que se ganha não está dando o que dava antes. A gente está vivendo um cenaáio de política econômica que é o pior. Inflação subindo, juros reais mais altos do mundo, e o crescimento, que era para estar subindo, está lá embaixo", concluiu.
com g1
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