Os semblantes estavam apreensivos nas arquibancadas quando ele desabou no gramado. Os brasileiros temiam por uma lesão grave, que horas depois fora confirmada pelos médicos. Era o fim de um sonho: ele estava fora da Copa do Mundo. O “ele” pode ser substituído por Pelé ou Neymar. Depois de 52 anos da lesão na coxa esquerda do Rei do futebol no Chile, a seleção volta a viver o drama do Mundial por causa de uma fratura na vértebra do atacante de Felipão e terá, mais uma vez, de se superar para buscar o título da competição, agora no Brasil.
Esperança em 2014, Neymar se machucou no fim do jogo contra a Colômbia ao levar uma joelhada nas costas do lateral-direito Zúñiga e precisou ser retirado de maca do gramado. Após ser encaminhado para um hospital em Fortaleza, o atacante teve a notícia de que não teria condições de jogar o restante do Mundial e retornou neste sábado para o Guarujá, no litoral de São Paulo, para iniciar a recuperação ao lado da família. Episódio bem parecido com que aconteceu com a seleção brasileira em 1962.
À época, então com apenas 21 anos, Pelé carregava o mesmo fardo que hoje Neymar leva nas costas: o de conduzir o país ao título. A missão para ambos acabou interrompida, mas naquele ano, em meio a dificuldades, o Brasil encontrou em Amarildo e Garrincha a fórmula para conquistar o bicampeonato. A história serve de motivação para atuais representantes da seleção.
“O treinador agora tem um problema para administrar. Mas não é porque o Neymar se machucou que o Brasil tem de parar. Precisa continuar. Em 1962, nós tínhamos substitutos de qualidade, e se hoje não há alguém como Neymar é por culpa da pouca qualidade que futebol brasileiro produziu. O Pelé se machucou e isso não teve nenhuma importância, porque nós seguimos em frente e fomos campeões”, disse Amarildo em entrevista ao iG Esporte.
Se a ausência de Pelé não interferiu no rendimento da seleção dentro de campo, nos vestiários a preocupação dos jogadores foi a mesma sentida na última sexta-feira no Castelão. “Foi um choque imenso. O Pelé era o melhor jogador do mundo. Foi um trauma difícil de superar, porque confiávamos muito nele. Aí tivemos uma reposição boa com Amarildo, e Garrincha ficou mais solto em campo. Hoje, o Brasil inteiro está preocupado, mas vamos confiar no Felipão”, relembrou o ex-ponta-esquerda Pepe.
A diferença entre a seleção de 62 e a atual, no entanto, está na experiência do grupo. No Chile, eram nove atletas campeões de 58, enquanto que atualmente a delegação brasileira conta com 17 jogadores que nunca foram convocados para uma Copa do Mundo. Para o duelo contra a Alemanha, na próxima terça-feira, Felipão pode optar por Willian ou promover a entrada de um volante para reforçar o meio de campo.
“O time tinha um substituto para cada jogador, não tinha problema em escolher. Para o lugar de Pelé tinha o Amarildo, para o de Garrincha tinha o Jair da Costa, para o de Vavá tinha o Coutinho....Era tudo pré-estabelecido. O Brasil não teve nenhum problema, não caiu de rendimento”, completou Amarildo.
“Tínhamos jogadores experientes e eles conversaram muito com a gente. Assim como o treinador que também fazia com que a gente acreditasse em nos superar. O grupo de hoje é muito forte também, tem jogadores que jogam em grandes clubes da Europa, e o papo do Felipão vai ser importante. Talvez, o grupo de 62 era mais experiente, mas temos de ficar tranquilos”, aconselhou Pepe.
O Brasil voltou a trabalhar neste sábado na Granja Comary, em Teresópolis, de olho no confronto da semifinal contra a Alemanha, mas ainda não confirmou o time que irá a campo. A esperança é que as semelhanças de 62 terminem também com um título para a seleção.
Com IG
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