Essas faixas já tinham aparecido antes dos 20 min, quando o árbitro Jaílson Macedo Freitas anulou o gol de Ronaldinho Gaúcho, em cobrança de falta, sob a alegação de falta cometida pelo zagueiro Leonardo Silva na barreira do Fluminense. Os torcedores intensificaram o protesto e durante muitos minutos o coro de “vergonha” tomou conta do Independência. Em campo, os jogadores atleticanos reclamaram muito, especialmente Ronaldinho.
O primeiro tempo foi marcado pela intensa pressão atleticana contra o Fluminense, que, cumprindo o que havia afirmado o técnico Abel Braga, não faria nada diferente para esse jogo. O time carioca atuou fechado, contou com defesas importantes do goleiro Diego Cavalieri e com uma dose de sorte, além da intervenção polêmica do árbitro, que anulou gol de Ronaldinho Gaúcho. A única chance da equipe visitante foi aos 31 min, em contra-ataque puxado por Wellington Nem, que conseguiu passar por Victor, mas se enrolou e não conseguiu finalizar.
A primeira oportunidade atleticana foi aos 5 min, em chegada surpresa do volante Leandro Donizete, que errou o alvo. Três minutos depois, Bernard cruzou e Jô, de primeira, obrigou Cavalieri a defender. Já aos 15 min, Marcos Rocha enfiou para Guilherme, que bateu por cima do travessão. Aos 27 min, Bernard e Jô tiveram chances seguidas e, aos 36 min, o goleiro tricolor pegou chute forte de Marcos Rocha.
Quando não foi o goleiro tricolor, ou a falta de pontaria dos atleticanos, a trave salvou duas vezes o Fluminense de sair em desvantagem na etapa inicial. E foram dois lances seguidos, aos 44 min e 45 min, com Bernard e Jô, respectivamente. Na primeira bola na trave, Diego Cavalieri ainda tocou levemente na bola, o suficiente para desviá-la.
“Estamos suportando bem a pressão, mas estamos errando passes. O importante é manter essa calma, mas temos de tentar jogar e criar um pouco mais, para equilibrar e agredir um pouco mais”, comentou o camisa 1 tricolor, após o término do primeiro tempo, enquanto o torcedor atleticano gritava e vaiava a arbitragem, personagem central dos 45 minutos iniciais.
O atacante Bernard lamentou a anulação do gol e estranhou o fato. “Eles fizeram um gol na mesma situação contra o Vasco. Chegou o momento que eles anularam, mas paciência, o goleiro deles está num dia muito feliz, mas temos de continuar tentando fazer a nossa parte”, destacou o jovem atleticano.
Os dois times voltaram sem alterações para o segundo tempo. Logo aos 5 min, mais uma vez a arbitragem no centro das atenções. Carlinhos com as mãos evitou que Marcos Rocha seguisse em um lance. A falta foi marcada, mais os atleticanos cercaram o árbitro, cobrando o amarelo, que acabou saindo para o lateral esquerdo. O nervosismo era a tônica do jogo, assim como a pressão atleticana.
Mas, aos 10 min, a história do Fluminense ao longo do Brasileirão se repetiu e saiu o gol do líder da competição. Foi em um contra-ataque, em que a bola chegou a Fred, que serviu a Wellington Nem e que colocou a bola nas redes. Cinco minutos depois, Leandro Donizete acertou a trave do time carioca.
O Atlético continuou pressionando, consciente que jogava as últimas fichas na briga pelo título nacional e empatou, com Jô, aos 23 min, e passou à frente aos 36 min levando a torcida à loucura. Fred empatou aos 36 e quando parecia que ficaria tudo igual, Leonaro Silva fez o gol do triunfo., aproveitando cruzamento de Ronaldinho. Depois disso, houve ainda um tumulto envolvendo atletas dos dois times. Júnior César foi advertido com o terceiro amarelo.
G1/portal paulista online
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