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Blogueiras falam sobre futebol, machismo e Copa do Mundo

Written By Francisco Dantas on segunda-feira, 5 de maio de 2014 | segunda-feira, maio 05, 2014


Blogueiras falam sobre futebol, machismo e Copa do Mundo - 1 (© Foto: Montagem Arquivo Pessoal)Até anos atrás, torcer no futebol era uma atividade quase que apenas masculina. Se algumas mulheres o faziam, torciam de modo tímido e sua presença nos estádios de futebol quase inexistia. Hoje elas não têm mais receio de torcer e mesmo de "cornetar" o time de coração, falam de futebol e esquema tático melhor que muito marmanjo por aí. Além disso, sua presença nos estádios cresce ano após ano.

Duas pesquisas atestam esse cenário. Um levantamento feito pela Sophia Mind, em 2010, revelou que 80% das brasileiras torcem para algum time. Destes, 30% acompanham campeonatos e jogos, em especial aos da seleção brasileira. A pesquisa foi feita com 2.084 mulheres entre 18 e 60 anos em todo o país. E se na época da divulgação dessa pesquisa apenas 25% afirmou ir ao estádio poucas vezes ao ano, essa participação feminina atualmente é bem maior.

A constatação é do estudo chamado "Torcedores", realizado em 2013 pela agência Box1824. A pesquisa, que ouviu 461 moradoras de São Paulo e do Rio de Janeiro, revelou que as mulheres já somam 43% dos frequentadores de estádios. Como o lugar de mulher é no estádio, cinco blogueiras contam suas opiniões sobre futebol e machismo, e ainda revelam as partidas inesquecíveis que marcaram suas vidas e o que pensam sobre a realização da Copa do Mundo no Brasil.

A paixão pelo São Paulo, para a paulistana de 34 anos Tânia Barbato, foi um fato incomum para uma família fanática por futebol e formada por palmeirenses. Ela, que é blogueira do "Isto É SPFC", conta que o avô paterno foi conselheiro e presidente do cofre no Palmeiras por anos e que, na época dela, os pais não se preocupavam muito se as filhas mulheres iam torcer pelo mesmo time que eles ou se elas iam gostar de futebol.
"As influências foram muitas, mas indiretas. Ninguém me levou ao estádio ou me fez torcer pelo São Paulo. Não era comum mulher gostar, entender, comentar. Meus irmãos sempre tiveram tudo do Palmeiras e eu, mesmo sendo sócia do clube, nunca fui levada e influenciada a gostar. Acho que meu pai não esperava que estivesse no gene e que o "mosquitinho" do futebol também me picaria. Só que aí acabei escolhendo outras cores para torcer", conta Tânia.

Falando em Palmeiras, Lúcia Ribeiro Silveira, palestrina de Poços de Caldas, em Minas Gerais, é blogueira do "Futebol de Salto Alto". A paixão pelo futebol teve o dedo do pai, João, outro louco pelo esporte. Mas, para hoje se tornar uma palmeirense de coração, Lúcia teve que, literalmente, virar a casaca. "Cresci assistindo futebol e fui santista até meus quatro anos de idade. Depois, por influência da minha prima, acabei virando palmeirense. O que me emociona é quando meu pai me liga para perguntar resultados de jogos ou para fazer algum comentário sobre futebol. Sinceramente? Eu amo isso", revela Lúcia.

Saindo da capital paulista e caindo na Baixada Santista, Danielle Devorane, torcedora roxa do Santos e blogueira do site "Donas do Apito", conta que foi criada em uma família também apaixonada por futebol. Mas confessa que só afirmou sua paixão pelo time do Santos Futebol Clube em 2002, motivada pela magia da geração Robinho e Diego, jogadores que encantaram o Brasil com um futebol ofensivo e talentoso. "Foi a magia daquele time que me tornou fanática por futebol. Apesar de o meu pai ser santista, ele nunca havia influenciado antes a minha escolha pelo Santos. Por outro lado, minha mãe, palmeirense, sempre quis que eu fosse alviverde, o que não deu certo graças a Deus", brinca Danielle.

Saímos de São Paulo para conversar com a cruzeirense Clítia Milagres, blogueira do "A bela e a bola". A paixão pelo esporte aconteceu por influência do pai e hoje ela faz questão de passar esse sentimento aos filhos. "Sempre fui muito apegada ao meu pai desde pequena e, por isso, o acompanhava em tudo, principalmente nas partidas de futebol e na empolgação e alegria em torcer. E essa paixão só fez crescer a cada dia e hoje o futebol e a paixão pelo Cruzeiro é compartilhada com meus filhos", explica Clítia.
Agora voltamos à capital paulista para dar voz à corintiana Beatriz Alves, que também é blogueira do "Donas do Apito". O amor pelo futebol surgiu mesmo quando fui ao Estádio do Pacaembu em 2009. "Eu sempre fui de épocas no futebol. Na Copa torcia loucamente, desde criança, Mas só comecei a amar mesmo 'a coisa' quando dois amigos meus me levaram ao Pacaembu pela primeira vez, em 2009. Antes tarde do que nunca, né?", conta Beatriz.

Outra corintiana, Larissa Emanuelle, blogueira no"Blog da Lari" e comentarista do"Esquadrão Esportes", também foi influenciada pela família. "Eles eram fascinados por futebol e acredito que crescer em um ambiente apaixonado pelo esporte faz diferença. Segui a paixão, mas tenho outro clube de coração, que é o Corinthians", revela Larissa.

Por MADSON MORAES
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